sábado, 19 de junho de 2010

"Os F1 do Piquet" - 1982 - A estréia do Brabham BT50 BMW Turbo

Brabham BT50 (BMW L4 Turbo).

Brabham BT49D (Ford-Cosworth V8 aspirado).

Nelson Piquet inicia o campeonato de 1982 ostentando o número 1, destinado ao atual campeão.
Mas a grande novidade para a primeira prova do ano, o GP da África do Sul, estava instalada no chassi do novo modelo da Brabham, o BT50, desenhado pelo projetista Gordon Murray: o motor BMW Turbo de 4 cilindros com cerca de 600cv.
Mas haviam problemas de peso (além do motor, havia a necessidade de maior quantidade de combustível devido ao maior consumo), e o turbo que em baixa rotação tornava o carro lento nas saídas das curvas.
Apesar de todos esses obstáculos, Piquet consegue o 2º lugar no grid, mas é obrigado a abandonar a prova na 3ª volta com problemas no turbo do motor BMW.
No Grande Prêmio do Brasil, segunda prova do campeonato, a equipe Brabham utiliza o antigo modelo BT49 versão D com motor Ford-Cosworth aspirado, enquanto o BT50 estava sendo aprimorado.
Com o Brabham BT49D, Piquet vence o GP do Brasil em Jacarepaguá, mas foi desclassificado. Na vistoria dos carros após a corrida, os comissários de prova desconfiaram da função de uma estranha caixa preta acoplada ao Brabham. A explicação dada pela equipe era de que as caixas continham água para refrigeração dos freios por meio de pulverização...
A verdade é que depois de algumas voltas a água era esgotada pelo piloto através de um controle e assim, com o carro mais leve mais velocidade. Como o regulamento permitia a reposição dos fluídos antes da pesagem obrigatória, o carro voltava a ficar dentro do regulamento.
O Brabham BT50, que a equipe estreou na primeira etapa, voltou a ser utilizado definitivamente a partir do Grande Prêmio da Bélgica até o final da temporada.
Num ano de inovacões técnicas, problemas políticos na categoria, acidentes e mortes de pilotos (Gilles Villeneuve e Ricardo Paletti), Nelson Piquet termina a temporada na 11ª colocação com 20 pontos.

3 comentários:

Mauricio Morais disse...

Lindo demais Ararê. Lá no Vetrean de Brasília quase conheci o Piquet pessoalmente. O Jovino e eu estávamos no portão, dentro do carro em movimento quando aponta no sentido contrário uma Mercedes esporte conversível vermelha, o carro por si só era um show. E quem passa por nós ao volante da Merça? o Piquet.
Jovino perguntou se eu queria voltar e ser apresentado a ele, mas eu já estava atrasado para almoçar com amigos que tinham vindo de Goiânia só pra me ver depois de vários anos.
Não foi desta vez que conhecí outro grande campeão.

Rui Amaral Lemos Junior disse...

Como disse o Mauricio lindo demais.
Parabens Ararê.

Abs

Rui

Ararê Ilustração disse...

Obrigado meus amigos.

Maurício, você perdeu a oportunidade de conhecer pessoalmente outro grande piloto.
Essas oportunidades são raras, mas...quem sabe?