Brabham BT50 (BMW L4 Turbo).
Brabham BT49D (Ford-Cosworth V8 aspirado).
Nelson Piquet inicia o campeonato de 1982 ostentando o número 1, destinado ao atual campeão.
Mas a grande novidade para a primeira prova do ano, o GP da África do Sul, estava instalada no chassi do novo modelo da Brabham, o BT50, desenhado pelo projetista Gordon Murray: o motor BMW Turbo de 4 cilindros com cerca de 600cv.
Mas haviam problemas de peso (além do motor, havia a necessidade de maior quantidade de combustível devido ao maior consumo), e o turbo que em baixa rotação tornava o carro lento nas saídas das curvas.
Apesar de todos esses obstáculos, Piquet consegue o 2º lugar no grid, mas é obrigado a abandonar a prova na 3ª volta com problemas no turbo do motor BMW.
No Grande Prêmio do Brasil, segunda prova do campeonato, a equipe Brabham utiliza o antigo modelo BT49 versão D com motor Ford-Cosworth aspirado, enquanto o BT50 estava sendo aprimorado.
Com o Brabham BT49D, Piquet vence o GP do Brasil em Jacarepaguá, mas foi desclassificado. Na vistoria dos carros após a corrida, os comissários de prova desconfiaram da função de uma estranha caixa preta acoplada ao Brabham. A explicação dada pela equipe era de que as caixas continham água para refrigeração dos freios por meio de pulverização...
A verdade é que depois de algumas voltas a água era esgotada pelo piloto através de um controle e assim, com o carro mais leve mais velocidade. Como o regulamento permitia a reposição dos fluídos antes da pesagem obrigatória, o carro voltava a ficar dentro do regulamento.
O Brabham BT50, que a equipe estreou na primeira etapa, voltou a ser utilizado definitivamente a partir do Grande Prêmio da Bélgica até o final da temporada.
Num ano de inovacões técnicas, problemas políticos na categoria, acidentes e mortes de pilotos (Gilles Villeneuve e Ricardo Paletti), Nelson Piquet termina a temporada na 11ª colocação com 20 pontos.