quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Maverick Henry Ford


Saiu da "oficina" mais uma caricatura personalizada pra um associado do Maverick Club do Rio de Janeiro.

domingo, 15 de janeiro de 2012

"Os F1 do Emerson" - 1980, ponto final na Fórmula 1 para Emerson



Em 1980 a Fittipaldi Automotive adquiri a Wolf que estava abandonando a Fórmula 1, o que incluiu o projeto do futuro F8, assinado por Harvvey Postlethwaite.
A temporada de 80 é iniciada com os carros Wolf de 79, batizados F7, pintados nas cores da equipe patrocinada agora pela Cervejaria Skol.
Foi uma boa compra, não só pela melhora das instalações e dos caminhões-trailers e pelos motores a mais, mas principalmente pelo pessoal técnico que passou a trabalhar com a Fittipaldi. Migraram o projetista Harvey Postlethwaite, o diretor técnico Peter Warr (ex Lotus), mecânicos experientes e o estagiário Adrian Newey, estudante laureado no famoso Empire College, um instituto de engenharia e aerodinâmica. É o mesmo Newey que trabalhava como engenheiro da McLaren, e que foi elevado à categoria de gênio por projetar os Williams e McLaren campeões na década de 1990 e hoje do RB6 e RB7 da Red Bull Racing, carros campeões de 2010 e 2011.
O espólio da Wolf incluiu também um jovem e promissor piloto finlandês, Keke Rosberg, que revela-se imediatamente muito rápido. No GP da Argentina, por exemplo, é quase três segundos mais veloz que Emerson no grid e leva o carro ao 3º lugar.
Há um novo e breve dia glorioso, quando Emerson sobe ao pódio em Long Beach, depois de largar em último lugar. É o tipo da corrida que dignifica um campeão. Nelson Piquet foi o vencedor da prova e Emerson festeja com ele no pódio da mesma maneira fraternal com que comemorou com Moco no GP do Brasil em 1975. Os sentimentos daquela época estavam um pouco enferrujados pelos problemas dos últimos anos mas ainda existiam.
No resto do ano, tudo o que Emerson consegue é um 6º lugar em Mônaco, terminando o campeonato na 15ª posição com apenas 5 pontos.
Para Emerson é o ponto final. Suas cinco temporadas com o carro da família tinha lhe rendido um total de 37 pontos, 28 dos quais obtidos em 1977 e 1978, contra 216 obtido em 1972 e 1975.

Emerson Fittipaldi na Fórmula 1:
De 1970 a 1980
GPs disputados: 144
Vitórias: 14
Pódios: 35
Pole-positions: 6 (esteve 16 vezes na primeira fila)
Voltas mais rápidas: 6
Bicampeão (1972 e 1974)
Liderou 478 voltas em 18 GPs.

Termina aqui a série "Os F1 do Emerson".

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Os F1 do Emerson" - 1979, de volta ao inferno



Grandes esperanças para o campeonato de 1979 mas...
Sucessor do F5A, o melhor entre os carros da equipe Copersucar, o F6 custou muito dinheiro e impressionou pela elegância das formas e refinamento da construção. Mas Emerson percebeu que havia alguma coisa de muito errada no projeto logo nas primeiras voltas que deu com o carro em dezembro de 1978, em Interlagos. Numa das primeiras vezes que entrou mais forte na Curva 1, quase perdeu o controle do carro, que guinou com violência para a esquerda, reagindo desproporcionalmente ao movimento do volante. "Você não está acostumado com os carros-asa", explicou-lhe o engenheiro projetista do F6, o australiano Ralph Bellamy, um dos criadores dos Lotus 78 e 79.
A era do efeito-solo estava em alta em 1979 e após chegar em 6º no GP da Argentina (o primeiro GP da temporada) ainda com o F5A, Emerson apareceu nos treinos para o GP do Brasil com o primeiro "carro-asa" com efeito-solo da equipe, o Copersucar-Fittipaldi F6. Mas o carro não evoluiu. Não correu no Brasil (foi substituído pelo F5A) e, depois de uma única corrida na África do Sul onde chegou em 13º, foi abandonado, tendo Emerson voltado a pilotar o F5A.
O F6 era um carro lindo, mas infelizmente o modelo apresentou-se muito flexível com sua estrutura extremamente maleável. O carro já nasceu errado...Por causa disso foi substituído pelo velho e confiável F5A mas sem chances de conquistar boas colocações perante os carros-asa. O brasileiro Alex Dias Ribeiro foi convidado por Wilsinho para correr o GP de Ímola (Itália), teve um pneu furado e abandonou com quebra de câmbio. Foi a última prova do F5A na Fórmula 1.
O F6 foi modificado profundamente e transformado em F6A que estreou no GP da Alemanha, mas também foi um fiasco até o fim da temporada. Já com o F6A, Alex não se classificou para os GPs do Canadá e EUA.
Emerson ficou em 21º e último lugar no campeonato, com um único ponto...conquistado com o F5A.
No final do ano a Copersucar retirava o apoio à equipe.
Wilsinho Fittipaldi: "O F6 foi a nossa cruz!".

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"Os F1 do Emerson" - 1978, o melhor ano


Em 1978 Emerson e a Equipe Fittipaldi viveram seu melhor momento na Fórmula 1.
O modelo F5 do ano anterior havia sido revisado por Giácomo Caliri, que melhorou bastante a aerodinâmica e outras áreas do carro e a Goodyear, que estava sendo ameaçada pela concorrente Michelin, passou a fornecer bons pneus à equipe.
O novo modelo, denominado F5A, tornou-se muito mais competitivo e permitiu que Emerson alcançasse excelentes posições durante a temporada.
Seus melhores resultados foram um 2º lugar no GP do Brasil, 4º nos GPs da Alemanha e Áustria, 5º nos GPs da Holanda e Estados Unidos (Oeste) e 6º no GP da Suécia.
Emerson terminou o ano em 9º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos com 17 pontos e a Fittipaldi em 7º lugar no Mundial de Construtores, à frente de tradicionais marcas como McLaren, Williams, Renault e Arrows.
Curiosidade:
Era normal naquele tempo serem realizados GPs extra-campeonato, eram corridas comemorativas ou promocionais, e uma destas corridas era a famosa Corrida dos Campeões, realizada no circuíto de Silverstone (Inglaterra), e foi justamente nesta corrida, e debaixo de chuva, que o F5A conquistou novamente um excelente 2º lugar, atrás somente 1,08 segundos do vencedor Keke Rosberg (Theodore TR01)...que 2 anos depois seria o 2º piloto da Equipe Fittipaldi.