quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Os F1 do Emerson" - 1979, de volta ao inferno



Grandes esperanças para o campeonato de 1979 mas...
Sucessor do F5A, o melhor entre os carros da equipe Copersucar, o F6 custou muito dinheiro e impressionou pela elegância das formas e refinamento da construção. Mas Emerson percebeu que havia alguma coisa de muito errada no projeto logo nas primeiras voltas que deu com o carro em dezembro de 1978, em Interlagos. Numa das primeiras vezes que entrou mais forte na Curva 1, quase perdeu o controle do carro, que guinou com violência para a esquerda, reagindo desproporcionalmente ao movimento do volante. "Você não está acostumado com os carros-asa", explicou-lhe o engenheiro projetista do F6, o australiano Ralph Bellamy, um dos criadores dos Lotus 78 e 79.
A era do efeito-solo estava em alta em 1979 e após chegar em 6º no GP da Argentina (o primeiro GP da temporada) ainda com o F5A, Emerson apareceu nos treinos para o GP do Brasil com o primeiro "carro-asa" com efeito-solo da equipe, o Copersucar-Fittipaldi F6. Mas o carro não evoluiu. Não correu no Brasil (foi substituído pelo F5A) e, depois de uma única corrida na África do Sul onde chegou em 13º, foi abandonado, tendo Emerson voltado a pilotar o F5A.
O F6 era um carro lindo, mas infelizmente o modelo apresentou-se muito flexível com sua estrutura extremamente maleável. O carro já nasceu errado...Por causa disso foi substituído pelo velho e confiável F5A mas sem chances de conquistar boas colocações perante os carros-asa. O brasileiro Alex Dias Ribeiro foi convidado por Wilsinho para correr o GP de Ímola (Itália), teve um pneu furado e abandonou com quebra de câmbio. Foi a última prova do F5A na Fórmula 1.
O F6 foi modificado profundamente e transformado em F6A que estreou no GP da Alemanha, mas também foi um fiasco até o fim da temporada. Já com o F6A, Alex não se classificou para os GPs do Canadá e EUA.
Emerson ficou em 21º e último lugar no campeonato, com um único ponto...conquistado com o F5A.
No final do ano a Copersucar retirava o apoio à equipe.
Wilsinho Fittipaldi: "O F6 foi a nossa cruz!".

3 comentários:

Mauricio Morais disse...

Bunitim mas ordinário, diria Nelson Rodriguez.

Rui Amaral Lemos Junior disse...

E Emerson viu que não dava mais...
Para mim faltaram uns dois titulos para ele!

Claudio Heliano disse...

Fantástica história do nosso referência brasileira na F-1.