Brabham BT54 (BMW L4 Turbo).
Se o ano de 1984 foi decepcionante para a equipe Brabham e em especial para o bicampeão mundial Nelson Piquet, a temporada de 1985 foi algo para se esquecer.
Desde o título de 1983 a Brabham havia perdido o rumo na construção de bons chassis, a genialidade do projetista Gordon Murray sofreu uma espécie de colapso temporário e os motores BMW já não estavam em sua melhor forma.
O novo carro, o BT54, surgia com desenho totalmente limpo. As entradas/saídas de ar foram posicionadas bem mais a frente e sua altura foi diminuída. Uma aposta eram os pneus Pirelli que eram usados apenas pelas equipes "pequenas", sendo que as grandes usavam pneus Goodyear.
Lodo no início o BT54 mostrou ser extremamente frágil. A transmissão era o principal ponto fraco e aliado a um motor incostante, a Brabham só conseguiu marcar seu primeiro ponto no GP dos EUA em Detroit, a 6ª etapa da temporada. Na corrida seguinte, o GP da França em Paul Ricard, Piquet consegue uma vitória inesperada (a última na história da Brabham) graças a resistência dos pneus Pirelli.
Já na metade da temporada Nelson Piquet percebe que o destino da Brabham era ficar cada vez pior e toma a decisão de assinar com a Williams.
Piquet ainda consegue o 2º lugar no GP da Itália em Monza, mas fracassa em marcar pontos nos GPs da Europa, África do Sul e Austrália, os últimos da temporada.
Soma 21 pontos e fica em 8º lugar no campeonato.
O ciclo na Brabham havia terminado.
5 comentários:
Meu caro Ararê, não canso de admirar e elogiar sempre seus belos trabalhos. Parabens.
Rui
Ararê, só com seu desenho vi a beleza das linhas dessa última Brabham. Não vou dar mais parabéns...Você recebe muitos...he, he
Ararê, parece que todo mundo tem uma fase, ou várias, de baixa. Será que o que aconteceu com o Gordon vai acontecer com o Adrian Newey, o cara está na ativa, ganhando tudo a mais de 10 anos.
Bela ilustra, e o conteúdo histórico está cada vez melhor.
Arare, seu material está excelente. Não só a arte mostrando as variações que os carros sofreram versão a versão, mas também a parte histórica que voce vem relatando. Certamente a pesquisa deve ser bastante "pesada".
Espero que o Piquet esteja vendo este material e revivendo as boas lembranças.
Obrigado pessoal.
Maurício, o Adrian Newey trabalhou com os Fittipaldi na equipe brasileira de F1.
Mário, o desenvolvimento das ilustrações, assim como a história de cada carro, requer muita pesquisa mas é um grande prazer o resultado final.
O Nelsão deve estar sabendo porque tenho feito algumas caricas pro Nelsinho e com a internet...
Um abraço!
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